sábado, 13 de setembro de 2008

QOSQO (Cusco/PE)

A mais grata surpresa desta viagem!


A capital arqueológica de America Latina y Patrimonio cultural del Mundo “está ubicada en el valle del río Watanay a 3.360 msnm. Fue fundada por el Inka Manqo Qhapaq entre los siglos XI y XII D.C. como capital del Tawantinsuyo. Posteriormente el 23 de Marzo de 1534 el conquistador Francisco Pizarro fundó sobre estas bases inkas una ciudad española quedando a la fecha el mismo plano inkaico, templos palacios y residencias de diferentes épocas como ejemplo arquitectónico e importante fusión cultural. Su nombre proviene de la palabra quechua “Qosqo” que significa “ombligo” o centro del Tawantinsuyo”.
No período Inka ela foi construída na forma de um puma...
Chegamos no dia 4 de setembro. Sem o mapa de Cusco no GPS, pagamos um taxista pra nos guiar até o Club Hotel – Centro de Convenções que, aliás, é bem fácil! Estamos no estacionamento deste Hotel na Avenida Tomasa Tito Condemayta, 903 Wanchaq – Cusco (http://www.telser.com.pe/clubhotel/ E-mail htlclub@telser.com.pe S 13°31695’ W 071°57252’). Vantagem de se ficar neste hotel: longe do barulho do centro e mais perto do aeroporto, se for o caso (aqui o negócio é usar os baratíssimos táxis: de S/.3 a S/.5.



Outro endereço que tínhamos: Camping Quinta Lala (a 20’ da Pr. de Armas). Home: hccnet.nl/helmie.paulissen (S 13° 30.336’ – W 071° 59.110’) com acesso a internet (wireless), via skype: Quintalala.

Aproveitamos a primeira manhã para lavar roupas (duas máquinas bem cheias), atualizar as coisas da internet e acertar os passeios para o Vale Sagrado e Machupicchu. Depois de uma rápida soneca, à tarde, fomos para o Centro: também o Boleto Turístico, com validade de 10 dias, inflacionou: S/. 130 (os guias de 2006 falavam em S/. 40!). Com ele visitamos algumas das atrações mais próximas ao centro (excluímos as particulares porque o Boleto não cobre!), olhamos algumas lojas de artesania e jantamos num restaurante na Plaza de Armas (no Peru praticamente cada cidade tem a sua).

No outro dia, também de tarde, voltamos ao centro onde andamos muito olhando três grandes centros de artesanatos (praticamente iguais). Jantamos noutro restaurante na Plaza de Armas cujo garçom (estudante de turismo), que já morou em Natal e conhece Garopaba, acabou ganhando meu lencinho do Brasil...

Dali fomos numa pelluqueria para cortar meu cabelo (S/.10, também inflacionado porque, para os locais é menos). A mulher abusou da tesoura e, se não usar uns brincos, parecerei um homem. Ainda bem que até o próximo TAT ele já terá crescido...

Cusco 2

As 19 h (deles), pontualmente, assistimos a um belo espetáculo de música e dança folclórica (no boleto no Centro QOSQO de Arte Nativo/Av. El Sol 604) com orquestra ao vivo.


No domingo, após, finalmente, termos conseguido falar com o Vitor no Skype, fomos para o Valle Sagrado. Para este passeio optamos por uma agência de turismo com serviço exclusivo: para fazer no nosso ritmo, sem ter que esperar turista que só quer comprar, por exemplo, para visitar as ruínas de Pisac (que a maioria destes pacotes não contempla) com ênfase nas explicações históricas, como gostamos. Karen (guia) e Júlio (motorista) foram perfeitos!

Gostamos de tudo o que vimos com os seguintes destaques:
1 Ruinas de Pisac



Melhor comida da viagem: Pousada Sonesta Del Inca no Valle Sagrado


Cusco 3

2. AWANA KANCHA - Museo Viviente Del Ande, no Km 23 da autopista Cusco-Pisac, com suas llamas, alpacas, vicunhas e a demonstração de todo o processo de tecelagem e tingimento natural. Ali (http://www.awanakancha.com/) é onde se encontra um produto puro, diferenciado e de alto padrão (mais caro, portanto).





Cusco 4

3. Ollantaytambo a 78 km de Cusco, este pueblo mantém muito da cultura inka em suas casas, ruas e ruínas construídas sobre duas montanhas num lugar estratégico (domina todo o vale).






Também compramos o pacote para Machupicchu com esta mesma agência (Latin Adventure, com Juan Diaz Gamio, Mail: juanlatin1@hotmail.com): assim não nos preocupamos com nada mais do que ver, sentir e prestar atenção nas explicações.

Embora aqui seja o local onde mais o sorojchi (mal das aturas) tem nos incomodado (principalmente pela manhã) Cusco tem nos encantado por várias coisas: a conservação histórica, a limpeza da cidade, infra-estrutura, tratamento ao turista (é claro que vivem disso, mas muitos outros lugares também...).

Queremos volver para ver tudo o que não vimos nestes sete dias!
Em síntese, pensamos que Cusco (incluindo-se Machupicchu) precisa ser conhecida de qualquer jeito, nem que seja de excursão (bate-volta), mas se for possível, de avião até Lima e, em aqui chegando, montar um roteiro exclusivo de visitas (na Van do Júlio cabem, confortavelmente, cinco casais de amigos) com guia peruano (vimos muitos estrangeiros bem burocráticos nas explanações), pois parecerá que estamos ouvindo um (uma) inka falar: lindo! Para tanto: dois dias e duas noites para visitar Cusco, um dia para conhecer o Vale Sagrado, um dia e meio para Machupicchu (voltar no trem das 15h20min para ter a bela vista de Cusco à noite). À noite em Águas Calientes vale a pena ser curtida: boa comida, músicos locais e ambiente alegre em função dos inúmeros turistas que a visitam.

Ver e sentir Cusco, com tudo que ela compreende, nos deixou perplexos. A cultura, tanto dos pré-inkas como dos próprios inkas, é algo que não se pode deixar de conhecer. O avançado conhecimento, aplicado à solução dos seus problemas numa época sem os recursos de hoje, deixa a todos com perguntas: como? Como foram capazes de construir estas cidades em locais absolutamente remotos e de difícil acesso, suas terraças para a agricultura, os aquedutos, o transporte e preparo de pedras de toneladas de peso são algumas das questões que intrigam. Por outro lado, a prepotente ignorância da colonização espanhola (assim como tantas outras no mundo afora), que destruiu grande parte dessa cultura. Por tudo, vale conhecer esta parte da nossa história latino-americana!
TRILOGIA INKA

Os inkas, considerados por muitos como precursores da ecologia, pautavam suas vidas na seguinte trilogia (representado por estes animais):
Serpente, significando o mundo dos mortos, representava a inteligência humana e a mãe terra; Puma, significando o mundo atual, representava a força do espírito de cada um; Condor, significando o mundo espiritual, representava a paz, levando os espíritos para a outra dimensão (se esquecemos ou confundimos alguma coisa, nossa guia que nos desculpe: confiamos apenas em nossa memória).

Feliz aniversário, Hilda!


Te desejamos muita saúde e alegria. Sabes o quanto te amamos. Cariños daqui do Peru. Boa estrada, sempre, para os dois!