segunda-feira, 28 de março de 2011

USHUAIA: lá fomos nós! Parte 11

 

32º dia, 23 de março – rodamos 240 km

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Dia de oficina: procuramos quem arrumasse a turbina e engraxasse as cruzetas e foi o Ó... (só de ver o pó no MH dá um desânimo...).

Renato vinha notando aquecimento do motor e mudanças no desempenho do motorhome, principalmente nas subidas. Verificou a água do radiador e o óleo do motor e estava tudo certo. Logo pensou na turbina e não deu outra: ao submeter o problema para o Sr. Walter, o diagnóstico foi confirmado. Ele é especialista em motores, sobretudo MB, mas não conserta turbinas. Resultado: turbina nova (levando a velha pra Floripa e negociar junto a Turbosul). Chamou a atenção o capricho do mecânico. A retirada de parafusos todos emperrados devido ao calor ao qual são submetidos foi de uma paciência e cuidado pouco vistos. Foi preciso aquecer as peças para que os mesmos se soltassem. A limpeza, a lixação e as ferramentas deram um banho. E foi honesto também: primeiro não quis pegar o serviço porque estava com três caminhões pra terminar e entregar neste dia. Mas, cedeu ao apelo do Re trabalhando o dia todo no nosso carro, não pela turbina em si, mas para a retirada dos parafusos. Todo o sistema coletor teve que ser removido pra poder trabalhar na bancada com mais eficiência.

O engraxe das cruzetas é outro problema na Argentina e no Chile. Os postos (estacíon de servício) não costumam ter estes serviços. O negócio deles é vender combustível e lanches. Tanto que Renato e Neca compraram o engraxador manual pra quebrar um galho. Este serviço é feito diretamente nas empresas de transporte e/ou nas oficinas mecânicas, pra quem não tem carro de empresa. Assim, o Walter pediu a um de seus funcionários que engraxasse tanto o nosso quanto o do Neca. O do Neca foi $ 120. O nosso, contando o engraxe de todo o carro, mais a mão de obra de um dia pra a instalação da nova turbina, foi de US$ 320. Renato achou barato: R$ 545,00. A turbina, o Walter mesmo falou que em Rio Gallegos é tudo mais caro, devido ao transporte. Normalmente a turbina original custaria US$ 700. Renato pagou US$ 1050. O importante é que resolveu o problema e o motorhome voltou ao seu normal.

Saímos de Rio Gallegos às 17h20’. Às 19:30 hs um por do sol lindíssimo acompanhado da vassoura del diablo este vento forte, com lufadas mais fortes ainda, e muito frio: estressante!

Neste trecho, se preciso, há uma Paraje y Hotel Le Marchand que nos pareceu um bom lugar de pernoite ou almoço.

Uns 70 km antes de comandante Piedrabuena o vento parou (20 h). Dormimos no pátio do supermercado La Anonima (no acesso norte da cidade) depois de abastecer a adega, é claro...

Endereços e Coordenadas

Estacionamento no La Anonima em Piedrabuena – Santa Cruz/AR: S49º59.302’ / 068º55.414.

Oficina El Triangulo Diesel de Walter Ojeda: José Martí 315 (9400) Río Gallegos- Santa Cruz/AR


33º dia, 24 de março – rodamos 481 km

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O dia, apesar de frio, amanheceu lindo e fizemos um reconhecimento da cidade que se autodenomina ‘um oásis na Patagônia’ e parece ser mesmo: um rio esmeralda (com camping municipal ao lado da ponte), ruas e calçadas largas e floridas onde até as lixeiras são entalhadas, artisticamente, em madeira.

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Colocamos água no YPF da Ruta 3 (onde almoçamos na vinda) que, sem vento, é um bom lugar de pernoite.

Na mesma ruta, na entrada de Puerto San Julián também tem um bom posto (e na cidade, um camping municipal).

Almoçamos no YPF de Tres Cerros que não tinha diesel e onde, infelizmente, a internet não funcionou.

E o ventão continua implacável: agora é pior para carro grande pelo vácuo que se forma ao cruzar com outro do seu tamanho ou maior... É preciso diminuir a velocidade por segurança.

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Ao entardecer, um pouco antes da entrada de Caleta Olívia (ainda na província de Santa Cruz) encontramos uma loberia (ficamos tão perto dos bichos que até nos emocionamos) e as pequenas gaivotas fazem o espetáculo em toda a orla em vários bandos. Entramos na cidade para conhecê-la.

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Como estamos em fin de semana largo (feriadão) a costanera estava cheia (apesar do vento). Lembra muito Arica ou Antofogasta (Chile): construída sobre a areia (deserto) e com os morros de pedra e terra no quintal da casa (mas tudo muito bonito, ao menos no que está próximo ao mar).

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Dormimos no YPF da Ruta 3 com uma linda vista do Alântico.


34º dia, 25 de março rodamos 531 km

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Acordamos com um lindo sol nascente e seguimos para Rada Tilly (o balneário mais austral do continente segundo o Guia YPF/ACA). Agora já na província de Chubut.

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Mais um lugar construído sobre a areia e onde se privilegia a orla com calçadões e ciclovias belamente planejados e executados.

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Ali tem um camping municipal.

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Almoçamos no posto YPF/ACA em Garayalde no meio do nada (a não ser do vento)... Neca intimou Tere pra uma aventura: subir no MH para uma foto com a bandeira do Brasil (coisas de Anacleto...).

Em seguida, além do vento cada vez mais forte, veio a chuva que aliados à informação de que não tem pinguins em Punta Tombo nos fez seguir adiante.

Ao anoitecer ainda com chuva, vento e frio chegamos ao camping em Puerto Madryn onde após ser constantemente desafiada (por Renato) Tere fez a janta (muito boa e caprichada).

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Coordenadas

Camping Municipal em Rada Tilly: S45º55.071 / W067º33.092.