quinta-feira, 31 de maio de 2012

CHAPADA DIAMANTINA: lá vamos nós!

23 de maio, quarta-feira.

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Dia ensolarado, saímos às 9h30m de Itaipava/Petrópolis e paramos às 17hs (começando a escurecer e chuviscando) num posto  Ipiranga em Divino/MG. Recomendamos este posto pois o tratamento dispensado foi excelente (também nos cederam luz). Andamos 288 km (BR 040, BR 393 e BR 116): mais light, impossível…

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A BR 393 está cheia de obras (contenção de encostas, recuperação de pista e asfalto) dando a dimensão do quanto foi atingida na enchente. Em geral, a pista asfáltica da BR 116 está muito boa. Percebe-se que foi recentemente reformada na maior parte dos trechos.

TIM mais sem serviço do que outra coisa. Vivo em 3G mas muito ruim (no Posto em Divino).


24 de maio, quinta-feira, andamos 422 km.

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Uns quilômetros após Divino, na bifurcação com a BR 262, em Realeza se tem mais recursos e amplos postos de combustível.

Até Governador Valadares a paisagem é dominada por cafezais (sempre morro acima, imagina a canseira na hora da colheita…).

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A BR segue com obras (mas o trânsito flui muito bem) e em alguns pontos encontramos trabalhadores retirando os sacos de areia que não conseguiram segurar a terra. Mesmo assim, estranhamos que em alguns locais estavam recolocando os mesmos. As enxurradas nessa região causaram estragos muito grandes.

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Almoçamos no estacionamento do shopping Gov. Valadares que fica bem próximo a BR. Ligamos o gerador e com a Vivo em 3G atualizamos o blog.

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Ao anoitecer, após Teófilo Otoni em Mucuri, , encontramos um amplo posto Ipiranga – “7 Estrelas” – (S 17º37.342/W 041º2.977). Nos cederam luz prontamente. Tanto o gerente como os demais funcionários foram extremamente gentis em nos atender de forma a ficarmos bem instalados.


Alerta: Além do GPS (Garmin) usamos o Guia Quatro Rodas (Brasil/2012 e Estradas/2011). Nos mapas dos Guias não aparecem Realeza (na bifurcação das BRs 116/262 e, mais adiante, Mucuri). São locais maiores do que alguns arrolados e com placas de identificação (bons para pernoite). O mesmo acontece com a Ruta 10 no Paraguai (a melhor do país, com acostamento), que liga Guayra ao centro do país, como já relatamos.


25 de maio, sexta-feira, andamos 351 km.

Mucuji a vitoria da conquista

De Mucuri até Padre Paraíso vê-se, primeiro, muita plantação de aipim (mandioca) e, depois, mudas de plantas ornamentais por toda a beira da estrada com um efeito muito bonito.

Ponto dos Volantes nos surpreendeu pelo tamanho e, dali até Itaobim (já no Vale do Jequitinhonha) tem vários postos bons.

Em Vila Águas Altas tem o Posto São Francisco, enorme, todo calçado, com pousada e onde almoçamos.

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Nas proximidades da entrada para Pedra Azul os ‘pardais urbanos’ abundam, cuidado! Aliás, esta é uma constante em todo o tracho Minas da 116: nos perímetros urbanos sempre estão instalados pardais, determinando velocidades entre 40 e 60 km/h.

Dormimos em Vitória da Conquista num posto Ipiranga (Rodo Rede) 7 km antes da cidade.

Na frente das bombas de combustível a TIM tinha serviço 3G mas onde estacionamos ficava sem serviço! Isso nos impressiona pois em 2006 quando andamos por Bahia e Minas (interior) o celular da TIM só não ‘pegou’ no trevo de Carmo da Cachoeira e, agora, esta encrenca.

A VIVO (modem) em 3G mas instável…


26 de maio, sábado, andamos 217K km

Vitoria C ario de Contas

Saímos em direção à Anagé passando por uma das novas (e até certo ponto planejadas) periferias de Vitória da Conquista.

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Dali em diante o que encontramos são estradas e cidades castigadas pela seca.

Almoçamos em Brumado e dali seguimos pela BA 148 para Rio de Contas, passando por dentro de Livramento de Nossa Senhora (aqui, como a Santana do Livramento no Rio Grande do Sul, mais chamada por Livramento).

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Depois de vencermos uma serra e vislumbrar da estrada (pintada de verde) a cachoeira do rio Brumado chegamos em Rio de Contas na CHAPADA DIAMANTINA.

“Canyons impressionantes onde rios, cachoeiras, poços, grutas e serras formam paisagens inesquecíveis em um dos maiores polos ecoturísticos do país, o coração da Bahia. (…) As cidades e vilas que integram os Circuitos do Ouro e do Diamante oferecem opções diferenciadas em termos de roteiros e serviços, que tornam a Chapada Diamantina a mais completa opção em ecoturismo do Brasil.

“O Parque Nacional da Chapada Diamantina ocupa uma área de 152 mil hectares, no centro geográfico da Bahia, na região da Serra do Sincorá.” (Alean Rodrigues – Folder de Divulgação)

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Ontem postamos o mapa errado mas nosso companheiro e amigo blogueiro nos alertou e, abaixo, nos apropriamos do mapa que ele postou em seu blog. Valeu Sérgio!

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Chapada Diamantina: lá vamos nós! Rio de Contas

Instalamo-nos no camping (diária de R$ 15,00 p/p e, com café da manhã, R$25,00) que fica a 1,5 km do centro da cidade tendo um acesso para pedestre a partir dali.

Aproveitamos a tarde de sábado para uma faxina já muito necessária e a de domingo, para lavação de roupas.

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O empreendimento no estilo rústico é lindo, charmoso e bem transado nos mínimos detalhes. Possui apartamentos, chalés e área de camping (mais para barracas mas que também recebe MH).

Novamente a SKY não funcionou e, tampouco, qualquer canal da TV aberta. TIM e VIVO muito menos…

Assim nossa noite de sábado foi de muito papo com fundo musical romântico, um sauvignon blanc, camarão frito (sem óleo) e…

No domingo cedo fomos caminhando até o centro (1,5 km de subida mas na volta, só descida).

Rio de Contas

Rio de Contas fica a 600 km de Salvador e 1.200m acima do nível do mar no alto da Serra das Almas.

Outra bela surpresa foi conferir que esta linda cidade é SUPER LIMPA (inclusive nas ruas mais periféricas)!

Quem gosta das cidades históricas mineiras precisa conhecer esta que “nasceu com o nome de Poso dos Creolos, destino de escravos fugitivos do século 17. (…) os bandeirantes se aproveitaram de sua mão de obra para explorar o ouro da região. Como herança (…) ficaram o incrível conjunto de construções históricas, as ruas com calçamento pé de moleque e um trecho da Estrada Real- o caminho de pedras por onde o ouro era escoado.”

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Na segunda-feira voltamos ao centro onde  o movimento normal de início da semana se fez notar…

Fomos até a Praça do Landim (ou Nova como a chamam os moradores) onde tem uma feira de Artesanato (Madeira, Metal e Madeira, Couro e Crivo Rústico). Suas proximidades, com certeza, convidam para se ficar de MH (e achamos que sem problemas).

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Na prefeitura o secretário de Turismo, Marcelo, nos atendeu destacando que Corpus Christi e Carnaval são festas imperdíveis (os álbuns de foto atestam isso) e nos deixou no MH uns adesivos da cidade.

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Visitamos o Arquivo Público Municipal onde a competente e solícita Vanília nos apresentou um ‘serviço público’ de orgulhar a qualquer cidadão. O capricho também impera no lugar: parabéns!

No restaurante aconchego Renato experimentou (e gostou) a ‘palma’ tão comum na culinária local. O preparo tem seus segredos, mas feita com carne moída fica uma delícia.

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Visitamos algumas pousadas do centro histórico e também nos impressionamos com seus espaços.  A fachada sugere algo pequeno mas a profundidade do terreno nos descortina amplos espaços e belas áreas de lazer. A Pérola do Vale (R. Adolfo Abreu, 78 fone: (0XX77) 3475-2191) foi a nossa favorita por aliar história, conforto, modernidade, limpeza e ser central.

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Ainda no Largo do Rosário ao lado da prefeitura vimos uma placa: Museu Zofir e, sem maiores informações (nada consta nos guias, nem no local), entramos e vimos um pouco da admirável criação de um autodidata o “Fabuloso Zofir” nas palavras emocionantes de Walter Salles (Assim que tivermos acesso a uma boa '>'>'>'>internet esta será nosso primeira pesquisa, com certeza).

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Ali pertinho mais uma preciosa relíquia orgulhosamente mostrada pelo filho do artista que construiu este  magnífico saxofone.

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Na Praça da Matriz, 625 fica a POUSO DOS CREOLOS – Viagens e Turismo (e artesanatos), passeios e trilhas (não por acaso igual ao primeiro nome de Rio de Contas) onde Fernando Pinto, com orgulho, nos diz que nasceu nesta casa e nos dá uma aula de turismo e nos presenteia um lindo adesivo da cidade (pousodoscreolos@gmail.com fone(77) 3475-2018).

Aos ‘coleguinhas da terceira idade’ avisamos que Rio de Contas tem hospital e uma ambulância do SAMU mas o melhor de tudo é a brisa constante que nos refresca de dia e embala nosso sono à noite…

RESUMINDO

“Rio de Contas onde a Chapada começou. As principais características da cidade são sua história, sua arquitetura e seu artesanato. Seu maior patrimônio é o conjunto arquitetônico tombado (…) como Monumento Histórico Nacional. (…) conhecida como capital do Circuito do Ouro se destaca pela preservação de seu belíssimo casario colonial, de suas tradições populares, a exemplo do Carnaval de Máscaras, animados com bandas de sopro , manifestações de Terno de Reis, Samba-de-Roda e quadrilhas juninas” (Alean Rodrigues – Folder oficial)