Voltando à Estrada 4: São Borja a Pelotas

Dentro do velho propósito de não repetir estrada numa mesma viagem seguimos pela BR 287 em direção à Santa Maria (até Santiago não conhecíamos o trecho desta estrada).

Com direito a flores…

                          

Primeira parada prevista: rever a linda gruta que fica em Nova Esperança do Sul. Quanto mais nos aproximávamos mais a chuva engrossava… inviável ir até a gruta encarando o trecho de estrada de terra. Seguimos até o centro da cidade, estacionamos na praça na frente da Igreja e lá fizemos nosso almoço e a siesta ao som da chuva na lataria do MH.

Chegamos no final da tarde em Santa Maria já sem chuva e fomos em busca de uma galeteria recomendada em São Borja. “A cidade tem orgulho de seu prato típico, que se distingue dos outros galetos servidos na região Sul graças ao tempero, à base de sálvia, manjerona, alecrim, tomate, cebola, e pedaços de toucinho. Os frangos (…) vão ao espeto cortados em dez pedaços. O prato é servido com polenta na chapa e salada de radicce (almeirão). A receita foi criada em 1957 no restaurante Vera Cruz.” (Guia 4 Rodas, 2012, p.699). Lá fomos, conseguimos estacionar e nos cederiam a luz para pernoitarmos ali depois de jantar, é claro! Ainda era cedo pra jantarmos, nosso carro ocupou muito espaço no estacionamento e, avalia daqui, avalia dali… resolvemos seguir adiante em busca do restaurante em ‘lugar aprazível’ indicado no guia.

Assim chegamos no restaurante Val de Buia (est. Silveira Martins, km 08, (55) 3224.1043/3221.4230) na localidade de Silveira Martins polo gastronômico da Quarta Colônia (“quarto núcleo da colonização italiana no RS”) distante 28km de Santa Maria.

Ficamos sem conhecer o famoso frango e sem comparar com a forma que o Renato prepara - também com muitas ervas -, mas nos ‘tratamos’ muito bem com o cardápio italiano do restaurante: tábua de frios, sopa de agnolini, galeto, risoto, polenta, salada verde, 3 tipos de massa, sobremesa.

A estrada é linda e o local do restaurante mais ainda sem contar a simpatia dos proprietários Valnei e Néia.

Dormimos sem barulhos (delícia) e no outro dia fomos conhecer o centro da pequena e linda cidade.

Depois voltamos à Santa Maria e fomos prestar nossa singela homenagem às vítimas da tragédia da boite Kiss. In loco a gente se impressiona e se indigna mais ainda!

Próxima parada: Pelotas para conhecer ‘a melhor churrascaria do mundo’ segundo um amigo do Aguinel (médico do Renato) a Churrascaria Lobão!

Voltando à Estrada 3: São Borja/RS

Resolvemos ir em direção à São Borja por seu significado histórico e também porque tampouco  conhecíamos o pequeno trecho da BR 285 até lá (apenas entre Roque Gonzáles, a estrada estadual, tem trechos ruins mas imaginávamos bem pior pelas informações que nos passaram).

“São Borja está localizada no oeste do Rio Grande do Sul, entre as regiões do Pampa e das Missões e na fronteira com a Argentina. (…) Fundada em 1682, foi o Primeiro dos Sete Povos das Missões (…) você encontra os mais autênticos usos e costumes do gaúcho…” (Folder oficial).

A intuição nos levou ao cais do porto no rio Uruguai, local de lazer e da gastronomia típica da cidade.

  

Dali fomos no Cemitério Jardim da Paz visitar os mausoléus de Getúlio, Jango e Brizola. A atenção do funcionário já nos agradou de cara…

Getúlio não está mais no cemitério mas num mausoléu na praça XV de Novembro. Brizola e Jango estão no jazigo da família Goulart. Este último deverá ser exumado agora em novembro pra sabermos se foi, ou não, assassinado. Este fato agita e suscita altas discussão na cidade e as vagas de hotel estão todas reservadas para a data prevista para a exumação: dia 13 de novembro.

    

Antes que anoitecesse fomos procurar um lugar para pernoite. Estacionamos perto da praça e fomos conhecer o mausoléu, projetado por Oscar Niemayer,  do Getúlio Vargas (que expõe a sua Carta Testamento).

     

Foto de 1970 demonstra o ‘estilo Brasília’ da praça com a prefeitura (que tem rampa de acesso) e a Igreja Matriz (reformada em 1960 substiruindo o antigo estilo jesuítico).

 

Na volta Re quis um cappuccino e entramos numa pequena e charmosa cafeteria. Ali perguntei a um senhor onde poderíamos estacionar o MH. Ele se identificou como vereador (Marchezan) e já apresentou o prefeito (Farelo Almeida) que também estava ali. Com a maior simpatia e sem a menor afetação, característica da maioria das autoridades neste país, nos encaminharam até a praça onde ficamos em frente da prefeitura, com luz e segurança (mas quem preferir tem estacionamento a uma quadra que comporta MH).

Quando falamos do blog providenciaram, para o dia seguinte bem cedo, uma conversa com um dos diretores da Secretaria de Turismo (Rodrigo) e ao falarmos das Associações e dos Encontros realizados  mostraram-se interessadíssimos em sediar um na ampla área de realização de Eventos (situado na entrada da cidade) pleito que encaminharemos para diretoria do Rancho Móvel.

Pimpim, de uma simpatia e disponibilidade ímpares e sua filha Bárbara junto com o vereador Marchesan  fizeram questão de conhecer o motorhome. Além do encantamento, a oportunidade serviu para um papo gostoso e repleto de informações interessantes sobre a cidade e região. Muito obrigado a ambos.

Às 7:30 do outro dia, Rodrigo (rodrigogoulart@saoborja.rs.gov.br 55 3430-2953) já estava conosco no motorhome com materiais impressos para ajudar na nossa visita e postagem da cidade.

    

 

Visitamos o Memorial Casa João Goulart (casa do Jango), hoje um museu conservadíssimo, disfrutando de música ao vivo tocada no piano preservado (projeto música no museu). Cada cômodo é dedicado a um tema da vida do estadista mas indica a sua utilização original. O quarto das ‘meninas’ tinha comunicação direta com o dos pais e o dos meninos… com a rua, é claro (sem comentários)!

Onde era a garagem e a ala dos empregados da família Goulart adaptaram um simpático anexo onde hoje funciona a Secretaria de Turismo, Cultura e Eventos. Leocádia, a secretária, e o Rodrigo empolgados nos relatavam sobre os eventos do município dos quais destacamos o Concurso Regional de Músicas para o Carnaval Apparíco Silva Rillo (já realizado em 46 edições) e o Natal Missioneiro.

No outro dia Pimpim nos levou em seu carro até Santo Tomé/AR onde, com um “imenso sacrifício”, aumentamos o estoque de vinhos, kkk.

Voltando à Estrada 2: Sananduva a Cerro Largo

Chegamos ao anoitecer e nos instalamos no Sítio idealizado por Odilo Wenzel (pai do Renato) e hoje assistido com todo carinho por Mauro, amigo da família, que a cada ano fica mais bonito. Na verdade é um sítio urbano.

 

Neste ano Odilo (pai) e Maria (mãe) completaram 90 anos e não pudemos participar das comemorações em junho e outubro por conta dos novos problemas de saúde que enfrentamos.

      

Anualmente ficamos uma semana aqui e, como sempre, muito bem recebidos, cada dia tem algum ‘evento Wenzel’. Abaixo, flagrantes desta estadia:

 

  

 

 

  

 

  

  

          

 

 

   

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Finalizando a postagem sobre Família Wenzel nossa homenagem aos irmãos/amigos/companheiros de caravanismo TERE e NECA que concluíram, com louvor, o desafio do Caminho de Compostela. Viajamos com com vocês assim como sabemos que estavam conosco no coração. Brigadu! Parabéns!