quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Brasil lá vamos: JIJOCA e JERI no CEARÁ

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“Localizada a aproximadamente 300 Km de Fortaleza, Jericoacoara, ou simplesmente Jeri, é um santuário ecológico. Foi considerada uma das 10 mais belas praias do mundo pelo jornal Washington Post. Em 1984 tornou-se Área de Proteção Ambiental (APA), conservando praticamente intocada sua beleza natural. Gigantescas dunas móveis, coqueirais, lagoas de águas cristalinas, manguezais, cavernas, praias de enseada e de oceano, misturam aspectos do sertão e da costa litorânea nessa antiga aldeia de pescadores. Apartir de 2002 Jericoacoara tornou-se Parque Nacional. Energia elétrica se restringe a uma rede subterrânea que alimenta toda a vila, não há postes nas ruas, somente a luz das estrelas e da lua”.

Dicas neste site (clica sobre o azul)

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O Camping Barraca do Tião (à beira da Lagoa Paraíso com bastante sombra de cajueiros S02º52.722/W040º27.289), um local que, de cara, já nos encantou! A atenção do Tião, de sua mulher Nayara e dos funcionários é sensacional e carinhosa.

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Do camping pode-se caminhar, pelas margens da lagoa, até a cidade por uns 25’ de caminhada.

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Dali saem,  também, os passeios para Jericoacoara, em caminhonetes D-20 que abundam na cidade e que conseguem enfrentar as trilhas de areia com valentia.

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Utilizamos sempre a D-20 do Martineis, motorista credenciado, (TIM 88 9725.6734/OI 88 8825.8575), muito legal e atencioso e a um preço justo. Aliás o turismo nesta região não explora o turista e tem pra todos os bolsos e gostos.

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No primeiro dia descansamos da estrada na lagoa e  encontramos conhecidos caravanistas (Sonia/David e Teresa /Luís) quando chegamos no camping. Mais tarde chegaram outros dois MH: Ivo e Anita (nossos vizinhos em Itapema) e Ervino e Sueli.

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Lavamos roupas e foi só papear/petiscar nas redes deste paraíso.

No segundo dia às 15 horas, ‘lotamos’ a D20 do Martineis e ‘se fomos’, como diz o gaúcho, para Jericoacoara (daqui pra frente Jeri pois, afinal, já seremos íntimos…). Embora os caminhos sejam todos na areia, o acesso é bem melhor do que nos Lençóis. De qualquer maneira, não recomendamos fazê-los sem um guia e carro adequado.

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Do estacionamento avistamos uma enorme duna e um mar em plena maré baixa. Até aí tudo bem: é bonito mas não sentimos ‘aquele’ deslumbre. Encaramos a pequena subida (uns 20 metros mas dizem que já teve 60) e esperamos o por do sol (destaco que ainda refletia em nossa lembrança o desbundante por do sol nos Lençóis Maranhenses).

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E o povo, como num ritual de magia, abandona a praia e se aglomera no topo da duna e ele, o SOL, majestoso inicia sua performance sobre o mar. Como num perfeito espetáculo teatral, quando o último raio desaparece, os aplausos agradecem tanta beleza. Com certeza um privilégio estar ali naquele momento!

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Descemos até o centro da cidade (com três ruas paralelas) e umas ‘servidões’ para jantar. Aí o bicho começa a pegar e/ou a ficha começa a cair: sua fama não vem só do sol ou do mar mas pelo ‘conjunto da obra’…

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A eletricidade é subterrânea mas não tem iluminação elétrica nas ruas. Em compensação, o comércio se esmera na criatividade e beleza da sua iluminação que clareia os caminhos de areia. Isso permite que o céu fique deslumbrante sem a interferência de luz artificial, um show!

O que já foi um reduto hippie, hoje é um lugar cosmopolita sem perder a simplicidade. Tem pousada pra todo gosto e poder aquisitivo, tem lojas de artesanatos (ênfase ao crochê) que saem um pouco da mesmice em - que isso se transformou no Brasil inteiro - e lindas lojas de grifes mundiais.

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No terceiro dia descansamos fazendo um belo peixe vermelho na brasa (dos deuses!) e mais curtição na Lagoa. Tião levou no seu carro Re, Neca e Tere até a fábrica de redes iguais às que ficam à beira da lagoa (Recanto das Redes  recantodasredes@hotmail.com 88 8833.6194/9705.0033 falar com Ednete).

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No quarto dia, novamente a bordo da D20 do Martineis, voltamos em quatro casais (Tere/Neca, Ervino/Sueli, Anita/Ivo e nós)  para Jeri. Pedra Furada, Árvore da Preguiça, Lagoa Azul, Lagoa do Paraíso, o tradicional circuito de quem vai ali ao menos na primeira vez como era o nosso caso. Valeu cada minuto, com certeza!

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No quinto dia voltamos os dois casais (claro que com o Martineis) pra Jeri às 15 horas pra curtir uma praia e mais tarde jantar. Aí o ‘queixo caiu de vez’: te cobram a cadeira, feita de madeira, se quiseres te espreguiçar, te servem cerveja (R$3,00 a latinha, acreditas?) entre outras cositas más, sem explorar o turista… Comemos uma deliciosa pizza mas a opção gastronômica é grande e diversificada (no primeiro dia o nhoque que comemos foi o melhor das nossas vidas – servido na Cantina Tropicana um restaurante de italianos, que aliás predominam se considerarmos os estrangeiros ali fixados). Não fomos, mas amigos recomendaram comer no Restaurante Brasileiro: escolhes peixes, lagostas vivos num conjunto de isopores, que são  pesados e preparados conforme o gosto do freguês… ruim, hem? Ah! e se forem pra uma das baladas, no final da festa, basta dar um trato na padaria que só funciona de madrugada…

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No sexto dia, fizemos um almoço e tivemos o prazer da presença de um casal gaúcho que conhecemos em Barreirinhas. Edgard e Lissy, que chegaram no dia anterior, são assíduos frequentadores do local e estavam a espera do filho e família para irem ao hotel/clube em Jeri curtir umas férias. Coisa boa, né? Convidamos Tião e Nayara para almoçar conosco, um galeto acompanhado pela massa preparada por Renato, mas não conseguiram participar pois o movimento nos fins de semana é muito grande: servem almoço no restaurante e na praia além dos costumeiros petiscos. Pena, ficou pra próxima vez!

2014 Brasil lá vamos a caminho de Jericoacoara/CE

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17 e 18 de agosto (domingo e segunda-feira): andamos 385 km.

Saímos de Barreirinhas/MA em direção à Jijoca de Jericoacoara/CE ainda cedo.

Grosso modo as estradas estão boas com exceção da entrada de São Luís e no trecho antes de São Bernardo, onde dormimos. Quando não era o acostamento tomado pelo matagal eram as crateras no asfalto. A largura, fora das especificações, tornam o cruzamento de veículos grandes bem complicado em vários trechos.

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O Maranhão realmente impressionou não apenas pelo reencontro com os amigos, com sua bela natureza como também por seu conteúdo histórico.

De Teresina/PI até São Luís/MA as estradas estão, relativamente boas apenas a que fica mais próxima da Ilha/capital é que não é boa (mas estão arrumando/duplicando). Em São Luís e cidades vizinhas a quantidade de lombadas, quase todas fora das especificações, chegam a arranhar os carros. A parte nova de São Luís é muito bonita, contrasta com outros bairros, que carecem de mais atenção.

Na medida em que nos deslocávamos em direção ao litoral do Piauí vimos um Maranhão não muito legal. Pareceu-nos um Estado mal ‘cuidado’ pelas autoridades e, pelo que se observa, uma região de todos e, ao mesmo tempo, de ninguém: muita pobreza e sujeira. A não sinalização da maioria das ‘lombadas’, indicam que quem quer faz a sua (em frente a uma casa ou um pequeno comércio). Pelo material utilizado, fica claro que não são construídas por empresas do ramo (lombadas e placas). Muitas motos, de baixas cilindradas, circulam sem placa e seus ocupantes não usam capacete (as vezes com pai, mãe, filho pequeno e um bebê). As ultrapassagens não obedecem o determinado e são feitas pela direita, dando margem a riscos de acidente. Tudo isso e não se vê fiscalização e/ou policiamento!

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Seguimos (segunda de manhã)  para o litoral da Paraíba até Luis Correa onde tínhamos a indicação de uma AABB (Associação Atlética Banco do Brasil): no endereço arrolado não encontramos e ninguém soube informar! Lugar lindo com uma excelente avenida à beira mar mas com muito lixo em todos os lugares.

Almoçamos ali e seguimos pra Jijoca de Jericoacara/CE (“o município mais setentrional do estado brasileiro do Ceará, que tem como atração natural principal a Praia de Jericoacoara).