Mucugê (que também é nome de um fruto) é considerada “Berço dos Diamantes e de belezas Naturais (…) É considerada a primeira cidade das Lavras Diamantinas e possui um conjunto arquitetônico neoclássico e neogótico do século XIX também tombado como Patrimônio Nacional (Alean Rodrigues – Folder oficial).”
O centro histórico, basicamente, compreende as duas ruas iniciadas na Igreja de Santo Antônio e a Santa Isabel. A primeira fica perto do acesso de quem vem do sul na BA142 e a segunda próxima ao acesso norte da cidade (BA 142, quem vem de Lençóis) com um Largo onde, imaginamos, seja possível e fácil estacionar MH sem precisar passar pelo calçamento histórico e que, teoricamente, é proibido para carros com mais de 6 toneladas…
Na terça-feira fomos conhecer o centro histórico e, na Igreja de Santo Antônio, encontramos a responsável pela restauração desta e da igreja de Rio de Contas. O dia já começou bem com o excelente papo que rolou (pena que não a encontramos em Rio de Contas para ver as obras em restauração que ela, apaixonadamente, nos descreveu…).
Na rua paralela (Caitité, 40) fica a pousada “Refúgio na Serra” cujo proprietário (Zé Rubens) também curte MH e frequenta muito o sul com destaque para Urubici. Foi o recanto mais charmoso que encontramos até agora e seu estacionamento está disponível com luz e água (não fomos porque já estamos bem instalados no posto e logo iremos embora mas ficará para a próxima). São quatro apartamentos exclusivos entre muito verde e um belo restaurante.
Mucugê fica no coração da Reserva da Chapada e perto de muitas das principais atrações (Poço Azul, Poço Encantado, (Cachoeiras Fumacinha e Buracão em Ibicoara) o que facilita o acesso a elas. Compreende a maior área do Parque da Chapada, 52%. Os outros 48% dividem-se entre os demais municipios que o integram.
Em busca de mapas locais fomos na “Trilhas e Caminhos” e conhecemos seu proprietário (Roberto Sapucaia) e autor dos mapas de Mucugê, Lençóis e um específico (e detalhado) com Roteiros Ecoturísticos de toda a Chapada (indispensável para ‘trilheiros’ caminhantes ou de bike)!
Com ele agendamos um passeio para quarta-feira às 8 horas. Com a chuva durante a noite e início da manhã pensamos que nossa programação estivesse prejudicada. Roberto insistiu que não e, pontualmente, na hora agendada chegou o Boca (nosso guia e motorista) num Uno.
Nosso roteiro: Poço Encantado, Poço Azul e Igatu.
Chegamos cedo no Encantado onde só descem 10 pessoas por vez. Achamos a descida bem mais tranquila do que a descrição que lemos. Embora sem a incidência do raio de sol o poço estava lindo!
Dali fomos para o Poço Azul, passando por estradas nas fazendas e sendo competentemente informados pelo guia. Como o rio estava baixo pudemos atravessá-lo a pé enquanto observávamos o caminhões pipas apanhando água do rio pra distribuir às pessoas sem água.
O lugar é lindo e, mais uma, vez tivemos sorte: como era cedo e não tinha excursão vinda de Lençóis - não é alta temporada e meio de semana - estávamos em cinco visitantes. Assim pudemos ficar 1:30 hs disfrutando daquelas águas, naquela paz e beleza exuberante (de arrepiar)!
Melhor ainda foi contar com a paixão do Juraci por fotografia e assim, esta postagem fica mais enriquecida com suas fotos: obrigado!
Almoçamos no restaurante da dona Alice (comida típica como o Cortado de Palma, Cortado de Mamão Verde e Godó de Banana) quando Renato competiu com o Boca (as fotos atestam):
Sem soneca e depois de 3 cervejas fomos para Igatu a nossa Machu Picchu baiana do Brasil (sg Boca) outra bela surpresa!
Comemos um excelente pão de alho e um crepe na Galeria Arte & Memória. Segundo Val, que nos atendeu, nesta semana alguém da Quatro Rodas (anonimamente no início) esteve lá pra conferir se a recomendação ainda é merecida (com o que concordamos). Bom saber, não? Limpeza e organização impecáveis, inclusive dos sanitários.
Voltamos cansados mas super satisfeitos com o dia de hoje. Sempre a surpresa nos acompanhando, descobrindo tanta beleza numa região aparentemente tão inóspita…
TV, só a Globo local mas sem TIM ou VIVO….
N.B. Quem gosta de trilha pode agendar ali ou em Andaraí um trekking no Vale do Paty considerado o melhor do Brasil e terceiro do mundo (atrás de Compostela e Machu Picchu).
Nos passeios aos poços carros menores, até o tamanho de uma Van, trafegam tranquilamente mas um guia nos parece fundamental porque as estradas de chão passam por dentro de fazendas e vimos gente se perdendo facilmente.
Em Igatu carros bem pequenos também trafegam mas sem conhecer a região, correm o risco de não ver o ‘essencial’ e nem chegar lá... Tem agências que fazem este percurso a pé.